Terapia Ocupacional

Terapia Ocupacional
''É um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia das pessoas que, por razões ligadas a problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais, apresentam, temporariamente ou definitivamente, dificuldade na inserção e participação na vida social. As intervenções em Terapia Ocupacional dimensionam-se pelo uso da atividade, elemento centraliador e orientador, na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico''

quarta-feira, 30 de março de 2011

Máscaras de gesso e teia de lã para um painel criativo

Durante algumas aulas a turma foi confeccinando algumas partes que sem saber faziam parte de um todo, que é um lindo painel. Durante as aulas, cada pequeno detalhe que era feito era comemorado e elogiado por todos. O passo a passo não foi fácil, mas vale a pena quando se vê a obra finalizada. Com o trabalho em equipe e um auxiliando o outro a obra ficou bem diversificada expressando as diferenças que aproximavam a cada artista que a fez. Fazendo uma retrospectiva no aspecto social da classe desde que iniciou-se o painel, quando foram confeccionadas as máscaras de gesso em dupla, depois foram pintadas, foi feita a teia em lã e quando juntamos tudo e adicionamos alguns outros materiais como TNT e escrevemos a linda frase ''O seu olhar melhora o meu'', observei algo que gostaria de descacar como objetivos da atividade:
  • A turma estava bem mais entrosada, as diferentes opiniões eram expressadas abertamente sem medo de repesálias;
  • A turma estava mais unida;
  • Todos soltaram a criatividade sem medo de errar artisticamente;
  • Houve maior identificação pesoal de uns para com os outros;
  • O sentimento fraternal e o respeito foi incentivado.
Enfim, foi uma experiência enriquecedora e produtiva que facilitou a comunicação uns com os outros, a troca de experiências e os valores artísticos da criatividade, da coordenação motora e da liberdade de expressão além de produzir um trabalho artístico maravilhoso.
Essa atividade pode ser feita para todos os públicos, principalmente para reintegrar socialmente através da arte.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Atividades de lazer



A atividade é orientadora e física, social e educacionalmente estimulante. As atividades de lazer podem:
  • minimizar perdas;
  • possibilitar o desenvolvimento de técnicas compensatórias que permitam a eficácia crescente e apoiem a competência;
  • ajudar a manter a auto-estima e evitar que um indivíduo seja lançado no vórtice de uma espiral degenerativa de senilidade.
O segredo de envelhecer com sucesso  é mais que ser capaz de utilizar os recursos de nossa comunidade, mas devemos utilizar os recursos da resistência de nosso próprio espírito.
Certifique-se de que cada dia seja cheio de vida, cheio de aventura e cheio de propósito. A vida é agir, pensar, fazer, ser e crescer. Utilize-se da rotina.
A rotina e a estrutura fornecem uma base segura para preenchimento de necessidades e sustentam os papéis sociais quando há um equilíbrio entre trabalho e divertimento.

MODERNIDADE e EXCLUSÃO SOCIAL


Uma mente brilhante


Bicho de sete cabeças

Tempos Modernos

Esses filmes são bons indicadores dos contextos sociais nos quais a Terapia Ocupacional se insere.
A T.O. teve origem, oficialmente, nos Estados Unidos, no fim da Primeira Guerra Mundial, quando veteranos retornaram de suas atividades militares com diversas sequelas e necessidades de reabilitação. Devido ao longo tempo de hospitalização e por sua capacidade funcional, eles necessitavam de intensa terapia física ou ocupacional. Esse período foi chamado de ''reconstrução'', que está relacionado ao termo reabilitação, reabilitare (em latim), que significa restaurar.
No contexto das Guerras Mundiais, o trabalho já era visto como algo que dignifica o ser humano. A saúde era vista como a capacidade de raciocinar e trabalhar. Pois o trabalho era necessário e visto como oportunidade para ascender social e financeiramente. Essa ideia sobre o trabalho foi implantada pelo capitalismo na modernidade na qual é vantajoso que mais pessoas sejam capazes de consumir e produzir.
A promessa de trabalho e vida boa e moderna na cidade fez com que se reprimisse e isolasse todo o tipo de ''imperfeição'' nas mesmas criando-se as instituições asilares distante dos centros, para conter aqueles considerados anormais, diferentes do padrão da sociedade, podendo ser pessoas com problemas mentais, idosos, dependentes químicos, infratores e outros, que sem ter vontade própria eram levados para essas instituições manicomiais. Uma boa oportunidade de conhecer melhor essa história é assistindo a esses filmes.
O Movimento de Luta Antimanicomial
Na década de 80, ocorrem vários encontros(2), de preparação para a I Conferência Nacional de Saúde Mental (I CNSM), que ocorreu em 1987 e recomenda a priorização de investimentos nos serviços extra-hospitalares e multiprofissionais como oposição à tendência hospitalocêntrica.
No final de 1987 realiza-se o II Congresso Nacional do MSTM em Bauru, no qual se concretiza o Movimento de Luta Antimanicomial e é construído o lema ‘por uma sociedade sem manicômios’. Nesse congresso amplia-se o sentido político-conceitual acerca do antimanicomial.
“Enfim, a nova etapa (...) consolidada no Congresso de Bauru, repercutiu em muitos âmbitos: no modelo assistencial, na ação cultural e na ação jurídico-política. No âmbito do modelo assistencial, esta trajetória é marcada pelo surgimento de novas modalidades de atenção, que passaram a representar uma alternativa real ao modelo psiquiátrico tradicional...”(Amarante, 1995:82)
Nesta trajetória é construído o Projeto de Lei 3.657/89 , conhecido como Lei Paulo Delgado, que contém três pontos: detém a oferta de leitos manicomiais financiados com dinheiro público, redireciona os investimentos para outros dispositvos assistenciais não-manicomiais e torna obrigatória a comunicação oficial de internações feitas contra a vontade do paciente oferecendo: “(...) pela primeira vez um instrumento legal de defesa dos direitos civis dos pacientes”.(Bezerra, 1992: 36)
Em 1990, a conferência ‘Reestruturación de la Atención Psiquiátrica en la Región’, promovida pelas Organizações Panamericana e Mundial de Saúde (OPS/OMS), Caracas, proclama a necessidade premente de reestruturação imediata da assistência psiquiátrica pela adequação das legislações dos países de forma que “(...) assegurem o respeito dos direitos humanos e civis dos pacientes mentais e promovam a reorganização dos serviços que garantam o seu cumprimento”. (CRP, 1997: 26) Essa conferência tem como ponto principal demarcar a crescente tendência internacional de superação dos velhos modelos de psiquiatria e reforma psiquiátrica.
O Brasil é signatário dessa Conferência, comprometendo-se com seus objetivos.
Além da Conferência de Caracas, há um outro documento político adotado pela Organização das Nações Unidas: “Princípios para a proteção de pessoas com problemas mentais e para a melhoria das Assistência à Saúde Mental”, que visa assegurar os direitos da pessoa portadora de sofrimento mental, tratando-a, dessa forma, como cidadã.
 

Os serviços de saúde mental substitutivos ao modelo manicomial
No campo da assistência, a Portaria nº 224, de 29 de janeiro de 1992 do Ministério da Saúde estabelece as diretrizes para o atendimento nos serviços de saúde mental, normatizando vários serviços substitutivos como: atendimento ambulatorial com serviços de saúde mental (unidade básica, centro de saúde e ambulatório), Centros e Núcleos de atenção psicossocial (CAPS/NAPS), Hospital-Dia (HD), Serviço de urgência psiquiátrica em hospital-geral, leito psiquiátrico em hospital-geral, além de definir padrões mínimos para o atendimento nos hospitais psiquiátricos, até que sejam totalmente superados.
A Portaria nº 106, de 11 de fevereiro de 2000(3), cria os Serviços Residenciais Terapêuticos em saúde mental para pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos.
Além desses serviços, existem os Centros de Convivência, as Cooperativas de Trabalho, dentre e outros criados por municípios. Assim como os outros tipos de serviços substitutivos, eles “... têm garantido a população dos municípios onde se localizam, um atendimento mais humano, sem exclusão e com resolubilidade”. (CRP, 1997: 4)

Arte comtemporânea e saúde mental


Quais os desdobramentos da arte contemporânea para as subjetividades? De que forma seu surgimento modificou a relação dos sujeitos com a criação artística, com a fruição estética, Cad. Bras. Saúde Mental, Vol 1, no1, jan-abr. 2009 CD-ROM)
com os modos de compreensão da arte, com as diversas aplicações da arte a outros campos e a outras práticas? Estas e tantas outras questões podem ser levantadas no intuito de auxiliar a aproximação entre a arte contemporânea e o universo da saúde mental.
É antiga a articulação entre arte e loucura. No Brasil, a experiência precursora é a do crítico de artes e psiquiatra Osório César (1896-1980), que em 1923, no Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em São Paulo, incentiva a criação artística dos pacientes, bem como a exposição de suas obras em locais formalmente reservados à arte. Na década de 1950, obras dos alunos da ELAP2 são apresentadas em diversos espaços no Brasil e no exterior (MAM/SP, Maison Nationale de Chareton/Paris, MASP, Clube dos Artistas e Amigos da Arte/SP e na Galeria Prestes Maia/SP). Atualmente, parte da coleção produzida pela ELAP faz parte do acervo do MASP, entretanto, a circulação desta coleção é praticamente inexistente, tendo alguns de seus artistas, Aurora Cursino dos Santos e outros não identificados, participado da mostra "Brasil: Psicanálise e Modernismo" no MAM do Rio de Janeiro e no próprio MASP. Um dos mais importantes e geniais artistas brasileiros, Arthur Bispo do Rosário, produziu a maior parte de sua obra enquanto habitava um hospital psiquiátrico, a antiga Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Sua obra circula hoje pelo mundo inteiro, participando de exposições em espaços dedicados à arte contemporânea, tendo o artista representado o Brasil na 46ª Bienal de Veneza. É importante dizer que a legitimação de Bispo do Rosario, e de sua obra, pelo campo das Artes só ocorreu após sua morte, em 1989. A partir daí, sua obra começa a circular.
No cenário internacional também encontramos importantes e antigas articulações entre os dois campos. No início do século XX, o historiador de arte e médico Hans Prinzhorn começou a reunir um acervo de obras criadas pelos pacientes do Hospital Psiquiátrico
2 Escola Livre de Artes Plásticas do Hospital Psiquiátrico do Juqueri. Cad. Bras. Saúde Mental, Vol 1, no1, jan-abr. 2009 CD-ROM)
Universitário de Heidelberg, estimulado pela qualidade artística destas criações. Em 1945, Jean Dubuffet (1901 - 1985), cunhou o termo arte bruta para definir novas formas de arte, distantes da produção oficial, executadas por pessoas alheias à cultura artística. Desde então obras de pacientes psiquiátricos são incorporadas a coleções deste segmento.
Não é possível desarticular o reconhecimento e valorização destas produções do contexto cultural em que elas se desenrolaram. Na virada do intenso século XX, sob as influências das inovações propostas no plano das idéias, pela psicanálise e filosofia, e sob o peso das crises econômicas e políticas, a arte incorpora ao seu universo as novas questões trazidas à tona. Problematiza, principalmente, a hegemonia da racionalidade, valorizando o inconsciente, o caráter irracionalista da arte e a imaginação como expressão direta do espírito do artista. A partir deste cenário a produção artística de pacientes psiquiátricos passa a ser legitimada pela arte.
É importante dizer que os discursos e práticas que se dedicam à loucura também sofreram transformações. O final do século XX assistiu à superação da lobotomia pelas práticas de reabilitação psicossocial, ao salto da noção de doença mental para saúde mental, à valorização do sujeito que sofre e sua inserção no social, em detrimento da doença. Há uma significativa variação, uma mudança de posicionamento frente à loucura, que critica as práticas e os discursos já estabelecidos em função de uma nova proposta. Problematizadas as práticas psiquiátricas tradicionais, as artes plásticas despontam como um caminho alternativo à cronificação em que redundava a terapêutica aplicada.
Estabelecidas as razões originárias da interface entre arte e saúde mental, nos interessa pensar suas atuais articulações, a partir das questões instauradas pela arte contemporânea. Se nos fixarmos na década de 1960, com o advento da arte pop e do minimalismo, e suas propostas de rompimento em relação ao hermetismo da arte moderna, podemos estabelecer Cad. Bras. Saúde Mental, Vol 1, no1, jan-abr. 2009 CD-ROM)
uma espécie de ponto de partida da arte contemporânea, que se norteia, justamente, por uma problematização e ruptura em relação ao instituído. A arte contemporânea explode os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. Estas novas orientações são tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. Articulam diferentes linguagens; teatro, dança, música, literatura, pintura e etc. Colocam em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte.
Sabemos que algumas propostas de trabalho com arte em saúde mental, no Brasil, ainda se embasam em objetivos puramente terapêuticos, onde a produção artística é vista como sintoma da loucura, ficando restrita às interpretações dos conteúdos internos e biográficos do artista. Nestas experiências o que importa é o sintoma e não a obra.
É preciso pensar outras propostas, propostas que incorporarem os conceitos e as discussões da arte contemporânea. Incorporar as questões trazidas pela arte contemporânea rompe a tendência da psiquiatria tradicional de afastar, pela segregação da diferença, o sujeito de seu tempo, tornando-o extemporâneo. Atualiza o sujeito por colocá-lo no centro das questões lançadas pelos modos de vida na contemporaneidade, convida-os para estarem ali, presente em suas experiências criativas, produtoras de vida.
Além disso, a arte inclui socialmente o indivíduo excluso e dá a ele autonomia a medida que ele utiliza a arte como instrumento de expressão pessoal, ampliando a observação artística. Com o reconhecimento do artista o território e o diálogo em torno das diferenças aumenta, o que é benéfico tanto para a sociedade quanto para o próprio artista, promovendo assim a diversidade cultural.
É nesse sentido que devemos caminhar, com o uso das artes com a finalidade de melhorar a realidade da nossa socidade permitindo o diálogo com as diferenças. Assim teremos uma sociedade mais humana, inclusiva e que saiba respeitar e conviver com as diferenças.

TERAPIA OCUPACIONAL


 DEFINIÇÃO
Campo de conhecimento e de intervenção em saúde, na educação e na esfera social que reúne tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas que apresentam, por razões ligadas a problemáticas específicas (físicas, sensoriais, psicológicas, mentais ou sociais), temporária ou definitivamente, dificuldades na inserção à participação na vida social. As intervenções dimensionam-se pelo uso de atividades, elemento centralizador e orientador na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico.
A atividade é o instrumento terapêutico do Terapeuta Ocupacional, que seleciona, analisa e adapta a atividade a cada indivíduo e situação, dividindo-a em fases, observando e determinando os aspectos motores, psíquicos, sensório-perceptivos, socioculturais, cognitivos e funcionais necessários à realização da mesma.
ATRIBUIÇÕES
O Terapeuta Ocupacional presta serviços nas áreas da saúde, educação e empresarial. A Terapia Ocupacional é profissão regulamentada com perfil, métodos, ações, intervenções definidas, atos privativos que só podem ser executados por terapeutas ocupacionais, conforme legislação vigente (Decreto-Lei n0 938/69; Lei n0 6.316/75; Resoluções COFFITO-8, 10 e 81).
O exercício profissional do Terapeuta Ocupacional envolve várias intervenções e sua prática se constitui de procedimentos que compõem um programa terapêutico ao usuário. A intervenção terapêutica ocupacional compreende abordagens e/ou condutas do Terapeuta Ocupacional baseadas em critérios avaliativos com eixo referencial, pessoal, familiar, coletivo e social com enfoque cognitivo, perceptivo, sensorial, motor, funcional, laborativo, afetivo e social, devendo ser coordenadas e qualificadas de acordo com o processo terapêutico do usuário.
São pressupostos básicos à clínica de Terapia Ocupacional: compreender a atividade humana como processo criativo, criador, lúdico, expressivo, evolutivo, produtivo e de automanutenção.
O Terapeuta Ocupacional compreende o homem como ser práxico interferindo no cotidiano do usuário comprometido em suas funções práxicas, visando uma melhor qualidade de vida diária, prática, de trabalho e de lazer.
PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS OCUPACIONAIS 1 ATOS PRIVATIVOS


Consulta, Avaliação e Entrevista (Individual ou Coletiva)
Intervenção 1 Referencial Teórico
Análise de Atividades: Procedimento próprio e exclusivo do Terapeuta Ocupacional, que avalia o movimento como um todo, e suas partes componentes, identificando as operações motoras realizadas e suas estruturas morfofisiológicas. Analisa todos os aspectos da vida cotidiana de uma pessoa, ou seja, autocuidados, trabalho e lazer, bem como a gama de movimentos que se referem à complexidade das atividades e suas especificidades. Ë realizada com o objetivo de selecionar os meios como utilizá-las. A escolha da técnica a ser utilizada e sua indicação devem observar as necessidades, interesses e vocações do cliente e as exigências do modelo teórico ou da abordagem. As atividades devem ser previamente selecionadas, analisadas e adaptadas de forma individualizada para cada cliente, visando um objetivo terapêutico definido. A Análise de Atividades compreende a divisão da atividade em fases definidas, operacionalizadas e de forma seqüencial. Devem ser observados os componentes estáveis e situacionais, avaliando ainda o tipo de desempenho necessário para realizar a atividade prescrita dentro dos enfoques cognitivo, motor, afetivo e perceptivo, O grau de complexidade da atividade terapêutica envolve a definição do instrumental, dos materiais permanente e de consumo utilizados, bem como o ambiente, aspectos de segurança e fatores de risco.
Atendimentos nas Atividades da Vida Diária (AVDs), Atividades da Vida Prática (AVPs), Atividades da Vida de Trabalho (AVTs) e Atividades da Vida de Lazer (AVLs)
Atividades da Vida Diária (AVDs): dizem respeito ao cuidado de si próprio e da sua comunicação (alimentação, higiene, cuidado pessoal, vestuário, comunicação escrita, verbal, gestual e locomoção).
Atividades da Vida Prática (AVPs): atividades domiciliares, do cotidiano.
Atividades da Vida de Trabalho (AVTs): dizem respeito às atividades laborativas, das mais simples às mais complexas, em diferentes postos de trabalho, respeitando-se os limites biomecânicos.
Atividades da Vida de Lazer (AVLs): atividades que envolvem a satisfação, o descanso, o interesse do indivíduo, tais como: esporte, jogos, jogos de salão, dança, teatro, leitura, cinema, música, grupos de atividades recreacionais, entre outros.
Órteses: aparelhos que promovem o posicionamento adequado de uma ou mais articulações, visando prevenir e/ou corrigir a instalação de deformidades e/ou favorecer a funcionalidade, cabendo ao Terapeuta Ocupacional planejar, prescrever, confeccionar, orientar e treinar. E um procedimento que utiliza, comumente, materiais termomoldáveis e seu objetivo é prevenir deformidades, preservando e favorecendo a capacidade funcional.
Próteses: aparelhos que substituem funcional e esteticamente segmentos do corpo, órgão ou membro ou parte deles, por um sucedâneo artificial, cabendo ao Terapeuta Ocupacional prescrever, orientar e treinar.
Adaptações e dispositivos: recursos terapêuticos que facilitam a realização das atividades, promovendo a independência pessoal e a melhora da funcionalidade e a qualidade de vida, cabendo ao Terapeuta Ocupacional planejar, prescrever, confeccionar, orientar e treinar.
Atendimentos: Individual; em Grupo; Integrado; Assistência Domiciliar (Home Care) e Comunitário.
Oficinas Terapêuticas / Profissionalizantes
Hospital Dia
Intervenção Ambiental
CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
1. Hospitais Gerais e Especializados
2. Clínicas
3. Consultórios
4. Centros de Reabilitação
5. Centros de Reabilitação Profissional
6. Empresas
7. Magistério Superior - Cursos de Graduação e Pós-Graduação
8. Assessoria
9. Consultoria
O Terapeuta Ocupacional atua nas áreas física, mental e social, como por exemplo: neurologia, reumatologia, ortopedia e traumatologia; psiquiatria e saúde mental; geriatria e gerontologia; cardiorrespiratória; pediatria; deficiência mental, visual e auditiva; oncologia; dentre outras.
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL/INSTITUCIONAL EM TERAPIA OCUPACIONAL
Aos Conselhos Regionais cabe a fiscalização profissional/institucional que deve se desenvolver com a sistematização e a uniformização de padrões de avaliação de qualidade nos diversos níveis de atenção à saúde. A fiscalização caracteriza-se inicialmente como educativa e orientadora, observando todos os detalhes técnicos e a organização técnica do trabalho desenvolvido pelo profissional, levando-o à conscientização e implicando a instituição sobre as responsabilidades e compromissos norteados pela competência ética, passando posteriormente a serem aplicadas as sanções da Lei. A fiscalização é administrativa e técnica, inserida nos termos da Lei 6.316 de 17.12.75 e os Atos Normativos emanados do Egrégio Conselho Federal. Dispõe ainda sobre situações gerais pertinentes aos princípios éticos, deontolôgicos, técnicos e legais que regulamentam a profissão do Terapeuta Ocupacional. Baseia-se também nas Portarias do Ministério da Saúde, da Vigilância Sanitária e Normas da ABNT.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Arthur Bispo do Rosário

Considerado louco por alguns e gênio por outros, a sua figura insere-se no debate sobre o pensamento eugênico, o preconceito e os limites entre a insanidade e a arte, no Brasil. A sua história liga-se também à da Colônia Juliano Moreira, instituição criada no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX, destinada a abrigar aqueles classificados como anormais ou indesejáveis (doentes psiquiátricos, alcóolatras e desviantes das mais diversas espécies).Estava sob o diagnóstico de "esquizofrênico-paranóico".
Em determinado momento, Bispo do Rosário passou a produzir objetos com diversos tipos de materiais oriundos do lixo e da sucata que, após a sua descoberta, seriam classificados como arte vanguardista e comparados à obra de Marcel Duchamp. Entre os temas, destacam-se navios (tema recorrente devido à sua relação com a Marinha na juventude), estandartes, faixas de mísses e objetos domésticos. A sua obra mais conhecida é o Manto da Apresentação, que Bispo deveria vestir no dia do Juízo Final. Com eles, Bispo pretendia marcar a passagem de Deus na Terra.

sábado, 19 de março de 2011

Fanzine

Poema imagem

Poema palavra
O fanzine é toda publicação feita pelo fã. É um meio de comunicação que engloba todos os tipos de tema e todas as idades. Seu nome vem da contração de duas palavras inglesas e significa literalmente 'revista do fã' (fanatic magazine). Alguns estudiosos do assunto consideram fanzine somente a publicação que traz textos, informações, matérias sobre algum assunto. Quando a publicação traz produção artística inédita seria chamada Revista Alternativa. No entanto, o termo fanzine se disseminou de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação que tenha caráter amador, que seja feita sem intenção de lucro, pela simples paixão pelo assunto enfocado.
Essa técnica pode ser utilizada como recurso terapêutico, quando feita em grupo contribui para expressar o ponto de vista próprio, socializar e integrar.É necessário coordenação motora, criatividade e concentração. É indicado para todas as idades auxiliando na reabilitação física e psicológica. Os materiais utilizados normalmente são: folhas de papel ofício, revistas, cola e tesoura.
A atividade proposta em aula foi que em grupo procurássemos em revistas gravuras que representassem a terapia ocupacional na visão pessoal e após juntássemos e fizéssemos um Fanzine, o outro foi que resumíssemos a terapia ocupacional em uma frase. O resultado foi este, ficou lindo!

Desenho de uma linha só



O desenho de linha conínua dá uma liberdade de pensamento e gesto incomparáveis, é considerado uma representação gráfica sobre uma superfície e organiza a forma do pensamento e da percepção humana diante do mundo vísivel. A imagem é captada pelo olho e através do movimento coordenado da mão registra no papel a sua configuração.
O desenho é uma atitude e uma filosofia de vida. A sua prática amplia a compreensão da realidade à nossa volta e passamos a dar valor às coisas muito simples do cotidiano, é uma grande lição a ser aprendida.
Essa técnica foi utilizada por Pablo Picasso. Esse desenho acima faz parte de seu livro Picasso em uma só linha.
É divertido, complicado, desafiante e trabalhoso; exige coordenação motora, liberdade de expressão, concentração, atenção, observação, criatividade e abstração; resultando em integração a medida em que um desenha o outro.



O Símbolo da Terapia Ocupacional e seu significado

Idealizado pelos drs. André Luís Bentin
Lacerda e Patrícia Moreira Bastos, conselheiros
do COFFITO, o símbolo da Terapia
Ocupacional foi elaborado a partir de
estudos e informações extraídas da Mitologia
Grega, onde identificou-se o número
4 para representar os quatro elementos
que o compõem. Sendo o 4 a complementação
do grupo quaternário de ponto,
linha, superfície e corpo, seus elementos
1, 2, 3 e 4 quando somados são
iguais a 10, número tão perfeito que, para
ir além precisa se voltar à mônada (1).
Representa a suprema sabedoria ou bondade,
mente, alma, matéria, elementos
da natureza etc. O resultado baseia-se
na convergência do símbolo com os princípios
teórico-práticos da profissão, sendo
a atividade humana o eixo principal,
relacionado ao recurso terapêutico: relação
paciente x atividade x terapeuta.
No significado de composição do símbolo
entram os elementos FOGO, que está
vinculado à natureza e representa a fonte
de energia necessária a qualquer grande
obra, amor profundo pelo próximo e o
ardor ou entusiasmo por tudo que é no-bre e generoso. Na cerimônia da “Iniciação”
representa a purificação espiritual pela
compreensão do alcance de uma forma mais
sublime, a verdade. O fogo tem sua origem
na figura de um vulcão.
O segundo elemento SHEKINAH/SERPENTE
denota um objeto de convergência e
de centralização de intenções, conhecimentos,
comunhão, buscando-se sabedoria, harmonia
e desenvolvimento universal. É o centro
da “logia”, donde convergem as linhas
que partem dos quatro cantos do horizonte,
posicionando-se no coração e na alma do
templo. Transcende o universo do saber,
permitindo seu acesso de forma factível.
A presença da serpente estampada na
Shekinah, direciona todo este conhecimento
para a saúde e o bem-estar humano.
O CÍRCULO, terceiro elemento, representa
a livre criação, o infinito e o universo,
que está relacionado a algo que
não tem começo nem fim. No caso, a atividade
humana. Resulta de um ponto central
– o homem – que o pode traçar utilizando
apenas um instrumento cujas dimensões
significam o limite de seus conhecimentos,
de sua iniciativa e da sua
liberdade.
O DELTA ou TRIÂNGULO, quarto elemento,
é figura luminosa de força e de
expansão, representa a tríade da terapêutica
ocupacional: terapeuta-cliente-atividade,
ou seja, as relações entre terapeuta e
o cliente, o cliente e a atividade e do terapeuta
com a atividade (enquanto recurso
terapêutico). Trata-se de um elemento
informalmente utilizado para simbolizar o
indivíduo/ser humano (o acréscimo da letra
1, no triângulo, significa individual).